Recado especial

Dos porões e tesouros para um recado especial.

Algumas ideias começaram a surgir e resolvi escrever, fui para um lugar mais calmo da casa e  comecei a ouvir solo de piano. Confesso que é uma nova rotina que me foi apresentada por uma pessoa muito especial e estou encantada com a viagem que me proporciona.

O assunto já estava decidido e "toc toc", "toc toc", "toc toc" (som do meu celular) com o recado abaixo. Não sei o autor, mas tenho certeza de que ele não se importará com isso. O importante é que toque a alma de cada um de vocês.

Recado de um desconhecido que chegou através de uma amiga.

“Na verdade , nesses tempos em que a terra está passando, as pessoas estão falando que é para aprender, praticar a caridade, aprender concórdia, aprender comunhão, na verdade não!

Já foi ensinado muito disso.  Veja o desespero que as pessoas estão. Estão mais egoístas ainda, sabe por que? Porque o medo cega. A angústia cega e o desespero cega, é uma lei de sobrevivência do animal. Eu tenho que reservar as minhas coisas e que os outros morram.

Na verdade, esse momento é oportuno para uma coisa só. Lidar com consigo mesmo, lidar com o silencio da alma, lidar com o silencio do coração. As pessoas não estão conseguindo ficar quietos dentro de casa. E não é porque estão acostumadas a sair para uma festinha, é porque estão acostumadas a fazer uso de coisas externas para não lidar com a angustia interna.

Se está incomodado em ficar dentro de casa, o incomodo não é a casa física, não. Comece a se admirar, comece a se amar, comece a se gostar, comece a se cuidar, comece a se abraçar já que não pode abraçar o outro. Comece a se tocar, já que não pode tocar o outro.

Esse é o ensino verdadeiro, porque se eu me enxergo, se eu me toco, se eu me abraço, se eu me amo, eu amo o outro, fora isso é mentira, fora isso é fazer de atitudes  externas a justificação para não lidar com o interno.

Por isso que as pessoas estão angustiadas dentro de vossas casas, as famílias já não se conhecem porque não se conversam, são só estranhos com estranhos, aproveite esse momento para conversar, esse é o aprendizado maior.

Se trancar para se abrir. Se trancar para crescer. Se trancar para se descobrir.

O silencio dói,  a solidão é necessária, para quando voltar a viver em sociedade, saiba o seu papel, saiba o vosso lugar de responsabilidade nessa geração no mundo.

É um momento de descanso e de descoberta, porque o ser humano estava tão na loucura e na correria, e usando as coisas da ciência e da tecnologia para se afastar mais. E hoje tudo isto é pra que se una mais consigo mesmo, para que quando precisar se reunir com os outros, saiba do papel, saiba da responsabilidade. A natureza é mãe e como mãe está ensinando.

Já não respeitam mais o Pai, o pai é essência e ninguém toca no pai, fizeram tanta bagunça com a imagem do pai, mataram em nome de um Pai que é Deus, fizeram e desfizeram e ainda fazem.

 Aí vem a mãe dizer:

Eu sou matéria. Eu sou aquilo que vocês são, porque vieram do meu ventre e então eu lhes educo e faço voltar também ao pai. É  o equilíbrio da criação portanto, é a mãe tentando ensinar o filho. E a energia feminina ensina através do que? Dos sentimentos.

É a mãe ensinando os filhos a lidar com os sentimentos. Lide consigo mesmo. Não deixe o medo, o temor e a angustia tomar conta, abrace a mãe e perceba a mãe, se necessário volte ao útero da mãe para se refazer. A mãe é bondosa, não é castigo, é ensino.

Tome muito cuidado, porque você pode fazer o inverso, ao invés de se fortalecer, se compreender, lidar com a solidão e com o apego as pessoas, a lidar com tudo isso e sair maior, você pode sair mais egoísta e ai vira presa fácil também. Imagine uma grande manada, uma grande manada, os leões atacam os doentinhos, eles não atacam os fortes.

Então se fortaleça, pra que outros momentos piores que esse, quando vierem você já tenha sido um bom soldado. Fortalecido em si mesmo, carcado na fé, suportado por aquilo que é sagrado, valorizando o que merece valor. Não é isso que estão tendo que aprender?”

Que assim seja.

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Por motivos obvios, o artigo referente aos porões e nossos tesouros ficará para outro dia.

Beijos da Van